sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Bolsonaro estima queda de 3% em exportações brasileiras com coronavírus

Brasília – O presidente Jair Bolsonaro estimou nesta sexta-feira, 31, após se reunir com ministros no Palácio da Alvorada, que as exportações brasileiros sofram um impacto negativo de 3% por causa da epidemia de coronavírus na China. O presidente reforçou que a economia terá “em parte algum problema”, mas que a questão é debatida pelo governo.

“Nossas exportações, no momento, pode ser que afetarão 3%. Isso pesa para nós. Afinal de contas, a China é o nosso maior mercado exportador (importador)”, declarou. O presidente exemplificou dizendo que a China já perdeu “1% de seu crescimento”.

“Tenho conversado com o Paulo Guedes (ministro da Economia), conversado com o Roberto Campo (Neto, presidente do Banco Central). Hoje de manhã conversei com o Roberto Campos sobre a questão econômica. Está todo mundo envolvido e preocupado em dar uma pronta resposta para a população. Se tivermos algum problema, a gente vai anunciar o problema. Nada será escondido”, disse.

“Até agora, não afeta”

O governo está monitorando os efeitos do coronavírus na economia brasileira, mas, até agora, não houve prejuízo aos exportadores, afirmou o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo. Em evento no Rio, ele disse ainda que o cenário global é desafiador, além das questões da saúde, uma vez que o mundo ainda vive os efeitos da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

“Há muita incerteza de ajuste estrutural nas relações comerciais entre os Estados Unidos e a China”, comentou Troyjo. “Em alguns momentos, a incerteza externa é uma oportunidade para o Brasil, como é o caso da soja”, acrescentou.

Troyjo acredita que vai haver um deslocamento mundial da demanda agrícola, com vantagens competitivas para o Brasil. “A determinação é continuar a integração. Queremos incrementar o comércio com a China e Estados Unidos. No governo Lula, o intercâmbio ficou aquém do potencial. Estamos em busca do tempo perdido”, destacou.

O efeito colateral do ajuste entre os Estados Unidos e a China é que os investidores desaceleram projetos enquanto aguardam a estabilidade mundial.

Segundo o secretário, existe atualmente no mundo um “gigantesco” estoque de poupança e, ao mesmo tempo, raras oportunidades de investimento que seja viável e lucrativo. “Podemos desobstruir o túnel que conecta a liquidez à necessidade de infraestrutura no Brasil”, acrescentou.


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Deirdre McCloskey critica Bolsonaro e populismo após ter palestra vetada

São Paulo – “Bolsonaro é um idiota. Pode colocar isso no seu jornal. Não tenho medo das minhas posições”, diz Deirdre McCloskey, de 77 anos, sorrindo pouco após chegar para sua apresentação em um restaurante nobre de São Paulo.

Na segunda-feira (27), a economista americana esperava sua conexão para o Rio de Janeiro quando soube que sua palestra na Petrobras havia sido cancelada, sem maiores explicações. Três dias antes, ela havia dado uma entrevista afirmando que o presidente Bolsonaro era “qualquer coisa menos liberal”.

Deirdre é especialista no tema e publicou recentemente o livro “Por que o Liberalismo Funciona: como valores liberais reais produzem um mundo mais livre, igualitário e próspero para todos”.

Por 12 anos, ela foi professora na Universidade de Chicago, meca liberal onde estudou o ministro da Economia, Paulo Guedes. Mais de uma vez hoje, Deirdre fez o sinal da cruz ao citar Adam Smith, autor de “A Riqueza das Nações”, obra de 1776 que praticamente fundou a escola do liberalismo econômico.

Foi esse o tema do evento promovido nesta sexta-feira (31) pela Diamantino Advogados para cerca de 40 participantes, em grande maioria homens ligados ao setor do agronegócio.

Deirdre disse que o conceito de “liberalismo” é relativamente novo e ainda causa uma grande confusão: “Nos Estados Unidos significa um socialismo light, aqui no Brasil significa conservador”, diz ela.

A visão da economista é que o motor da economia não é o investimento ou o comércio, e sim as novas ideias. Ela defende que não se deve buscar nem a igualdade de resultados nem a igualdade de oportunidades, que já foram tentadas e fracassaram, e expressou uma visão do liberalismo como “igualdade de dignidade” em uma sociedade onde todos podem dizer não.

Deirdre é uma mulher transsexual. Em 1998, publicou o livro “Crossing” sobre sua transição de gênero poucos anos antes; no final de 2019, escreveu um texto para a revista Quillete sobre sua trajetória, mencionando que seus filhos não falam com ela e não a deixaram conhecer seus netos.

“Mas me tornar Deirdre não evocou nem o mais tênue fio de arrependimento. Nem uma vez. Nada. É sobre estar confortável em sua própria pele, como dizemos, não prazer. Mas há prazeres também”, escreveu.

Desenvolvimento

A economista mostrou otimismo com a continuidade da trajetória de queda da pobreza nas últimas décadas protagonizada por Índia e China.

Para ela, “os maiores problemas da vida humana não são a desigualdade e não é mudança climática – apesar de eu não ser uma negacionista – e sim a tirania e pobreza”.

Questionada por um convidado que disse concordar com a direção da política ambiental brasileira e reclamou dos protestos internacionais sobre o tema, ela respondeu com uma crítica às “elites arrogantes” e disse que “Suécia e EUA deveriam calar a boca, porque eles tem sua própria contribuição ao aquecimento global”, sendo aplaudida, pela única vez, por parte da plateia.

Logo depois, completou que o desmatamento é um dilema econômico do tipo “fundo comum”, quando se todos buscam apenas o auto-interesse, eventualmente terão que lidar com a exaustão dos recursos.

Deirdre também disse que a onda de populismo “já aconteceu antes, é um acompanhante natural da democracia. Mas não precisamos contar para a América Latina sobre seu histórico deplorável”, destacando a Argentina.

O populismo só é uma opção “se quisermos continuar sendo crianças”, cutucou, prevendo que o fenômeno acabará desmoralizado ao redor do mundo pois Donald Trump não vai ganhar a reeleição. Privadamente, disse que considera votar em Joe Biden se for o indicado democrata; seria a primeira vez votando pelo partido desde Lyndon Johnson em 1964.

Ela diz que é irracional acreditar que o voto dela tem algum impacto, mas costuma votar nos libertários. No Brasil, ela se identifica com o movimento suprapartidário Livres, para o qual deu entrevista e pegou um adesivo que ostentava na lapela.

Deirdre também negou que o modelo brasileiro atual, de liberalismo econômico com antiliberalismo político e aversão à diversidade, era sustentável. O motivo: “Liberdade é liberdade é liberdade”.


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Governo e prefeitura de SP lançam plano para prevenção do coronavírus

O governo do estado de São Paulo, em parceria com a prefeitura da cidade, anunciou, hoje (31), um plano de contingência e a formação de um grupo para criar estratégias e ações de prevenção relacionadas ao coronavírus. Serão destinados R$ 200 mil para a compra de kits diagnósticos para o Instituto Adolfo Lutz e de insumos e equipamentos de proteção individual, como máscaras, luvas, óculos e aventais para profissionais de saúde dos hospitais e laboratórios estaduais.

O plano de contingência será aplicado em todos os municípios do estado e será focado em três eixos: a vigilância em saúde (vigilância epidemiológica, formas de transmissão, definição de casos suspeitos, fluxos da doença, aeroportos e portos, confirmação laboratorial e prevenção), assistência (disponibilização de leitos e capacidade de atendimento para casos mais graves) e a comunicação para a sociedade (informações em site, redes sociais, mídia e boletins diários).

O grupo vai colaborar na análise de dados e de informações para subsidiar tomadas de decisões e definição de estratégias, preparação da rede e de ações de enfrentamento de emergências em saúde pública.

“Os profissionais de saúde que atuam em São Paulo estão sendo orientados sobre esse novo vírus e a importância de nos informar rapidamente sobre qualquer caso suspeito. Nossa rede está preparada para atender pacientes e conta com serviços de referência na área de infectologia para casos graves. Seguiremos vigilantes, orientando organizações públicas e privadas, veículos de comunicação e a sociedade civil, prezando pela agilidade e transparência”, disse o secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann.

Capacitação

A capacitação dos profissionais do SUS tem apoio dos Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVEs), da Coordenadoria de Serviços de Saúde (CSS) e da Coordenadoria de Gestão de Contratos de Serviços de Saúde (CGCSS).

A prefeitura de São Paulo capacitará 1.000 profissionais da rede hospitalar e da atenção básica, que devem multiplicar essas informações para os 84 mil funcionários da Secretaria Municipal da Saúde.

A orientação é a de que assim que os primeiros sintomas do coronavírus surgirem – febre, tosse, coriza e dificuldade para respirar -, o paciente procure o serviço de saúde mais próximo. Para ser considerada suspeita, a pessoa deve ter histórico de viagem para locais com transmissão local, como a China, ou ter tido contato próximo com pessoa com caso suspeito. O profissional de saúde vai avaliar se os sintomas indicam alguma probabilidade de infecção por coronavírus, tomar as providências para notificação e coletar material para exame laboratorial. O início do tratamento dos sintomas prevê medidas para isolamento do paciente.

A infecção por coronavírus apresenta manifestações parecidas com a de outros vírus respiratórios e não existe tratamento específico. Dependendo da condição clínica do paciente, o isolamento pode ser domiciliar. O tratamento consiste em repouso, ingestão de líquidos e evitar contato direto e o compartilhamento de objetos de uso pessoal. Sintomas muito intensos podem levar o paciente a ser hospitalizado.

Casos monitorados

De acordo com o secretário Henrique Germann, três casos suspeitos de coronavírus estão sendo monitorados no estado de São Paulo: um homem de 33 anos e um menino de seis, na capital, que voltaram da China em janeiro, e um homem de 45 anos, em Paulínia, no interior, que esteve na China e apresentou os sintomas após retornar ao Brasil. Todos estão bem, estáveis e recebendo cuidados em casa em isolamento domiciliar.

A investigação dos casos é feita com amostras biológicas dos pacientes, colhidas pelos hospitais e enviadas ao Instituto Adolfo Lutz.


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Número de casos suspeitos para coronavírus no Brasil sobe de 9 para 12

São Paulo – O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (31) que monitora 12 casos suspeitos para o coronavírus em cinco estados do país. Nenhum caso foi confirmado até o momento.

Os estados com casos suspeitos são: São Paulo (7), Rio Grande do Sul (2), Santa Catarina (1), Ceará (1), Paraná (1).

A pasta informou que o balanço consolidado às 12h desta sexta (31) contabilizava 13 casos suspeitos, mas que no período da tarde um caso que era monitorado em Minas Gerais foi descartado, após a realização de três testes.

De um dia para o outro, seis novas suspeitas passaram a ser contabilizadas pelo Ministério. Cinco delas em São Paulo e uma em Santa Catarina.

Um caso que era monitorado no Rio de Janeiro e outro em São Paulo, no entanto, foram descartados.

Dos 12 casos suspeitos, cinco pacientes tiveram resultado negativo para análise dos vírus respiratórios mais comuns, que são usados para descartar mais rapidamente os casos. Agora testes específicos serão realizados.

Equipamentos de proteção

O Ministério informou ainda que vai comprar equipamentos de proteção individual e insumos para profissionais de saúde que tenham contato com casos suspeitos.

Serão adquiridos, por meio de uma compra emergencial, itens como máscaras, gorros, luvas, álcool em gel e medicamentos.

Caso o mercado nacional não tenha estoque suficiente para esses produtos, a pasta poderá comprar os itens em empresas internacionais.

Emergência global

Nessa quinta-feira (30) a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu que o surto do coronavírus é uma emergência de saúde pública de preocupação internacional. A avaliação da entidade é a de que há potencial de maior propagação, além do que já é visto atualmente.


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De olho na audiência latina, Netflix abre escritório no México

A Netflix vai transferir sua sede na América Latina para a Cidade do México e reforçará a equipe para o escritório, um sinal da crescente ambição do serviço de streaming na região.

A empresa vai agrupar executivos que trabalham em programação, marketing e publicidade na América Latina no escritório da Cidade do México, informou a empresa na sexta-feira, aumentando a equipe no escritório aberto no ano passado. São Paulo, que serviu como sede da América Latina da Netflix, permanecerá como escritório regional.

A América Latina é uma prioridade crescente para a Netflix, pois o serviço de streaming busca novos clientes fora dos EUA. A base de clientes da empresa na região atingiu 31,4 milhões no fim de 2019, tendo mais que o dobro dos últimos três anos.

A Netflix se expandiu para a América Latina em 2011 e enfrentou obstáculos por muitos anos. A maioria dos clientes não possui cartão de crédito, e a maioria dos países não possui uma infraestrutura de Internet sólida. Mas a popularidade do serviço explodiu nos últimos anos, em parte graças a uma lista crescente de séries originais em espanhol e em português.

“Os consumidores de toda a região abraçaram a Netflix“, afirmou a empresa em comunicado. “Com a Cidade do México como base, estaremos ainda mais próximos da comunidade criativa bem como dos assinantes de toda a região, à medida que continuamos a investir no melhor conteúdo da categoria, que é amado na América Latina e em todo o mundo.”

Os mercados internacionais responderam por cerca de 90% do crescimento da Netflix em 2019. A empresa conquistou apenas 2,6 milhões de clientes nos EUA no ano passado, o pior desempenho desde que separou seu serviço de streaming do negócio de DVD por correio há quase uma década.

A expansão fora dos EUA fez com que a Netflix repensasse as contratações. A Netflix já tomou grande parte de suas decisões em Los Gatos e Los Angeles, seus dois maiores escritórios. Mas a liderança da empresa decidiu que deve reforçar as equipes no mercado externo para produzir programas para esses países e desenvolver relacionamentos com empresas locais. A Netflix também abriu escritórios em Londres, Paris, Cingapura, Amsterdã e Tóquio, além de uma unidade de produção na Espanha.

A empresa prometeu investir US$ 200 milhões em produções mexicanas em 2020, aumentando uma lista que inclui “La Casa de Las Flores” e “Diablero”. “Siempre Bruja” é uma série popular na Colômbia. A Netflix informou que está produzindo 50 novos projetos e coproduções de TV e cinema no México entre 2019 e 2020. Com a mudança para a Cidade do México, a Netflix vai transferir, no mínimo, dezenas de funcionários.

A empresa emprega muitos publicitários, profissionais de marketing e executivos de programação especializados na América Latina em Los Angeles, além de outros escritórios. Agora, esses profissionais terão que se mudar para a Cidade do México ou encontrar um novo trabalho.


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Guardian decide banir publicidade de empresas de petróleo e gás

Londres — O grupo Guardian, que edita os jornais The Guardian e The Observer, não aceitará mais publicidade de empresas de petróleo e gás, tornando-se a primeira grande organização de notícias do mundo a instituir uma proibição total de receber dinheiro de empresas que extraem combustíveis fósseis.

Anunciada esta semana, a medida, que segue os esforços para reduzir as emissões de carbono da empresa e aumentar as reportagens sobre a crise climática, já está valendo.

De acordo com matéria publicada no site do The Guardian, a proibição será aplicada a qualquer empresa envolvida principalmente na extração de combustíveis fósseis, incluindo muitos dos maiores poluidores do mundo, informa o The Guardian.

“Nossa decisão é baseada nos esforços de muitas décadas desse setor para impedir ações climáticas significativas por governos em todo o mundo”, disseram a executiva-chefe interina da empresa, Anna Bateson, e a diretora financeira, Hamish Nicklin, em um comunicado conjunto.

As executivas afirmarm que a resposta ao aquecimento global foi o “maior desafio de nossos tempos” e destacaram as reportagens do The Guardian sobre como o lobby de empresas de energia prejudicou explicitamente a causa ambiental.

A empresa enfatizou seu compromisso de neutralizar suas emissões de carbono até 2030, ao mesmo tempo que deixou de financiar quase inteiramente seu fundo de doação Scott Trust, de investimentos em combustíveis fósseis.

A decisão de recusar dinheiro publicitário das empresas de combustíveis fósseis chega em um momento difícil para a indústria da mídia, com o conselho do Guardian Media Group avisando que a empresa está enfrentando ”ventos contrários este ano”.

A publicidade representa 40% da receita da GMG, o que significa que continua sendo uma maneira essencial de financiar o material produzido pelos jornalistas do The Guardian e do The Observer em todo o mundo.

Diante disso, Anna e Hamish admitiram que a proibição desse tipo de material publicitário resultaria em um golpe financeiro.

“O modelo de financiamento para o Guardian – como a maioria das empresas de mídia de alta qualidade – continuará sendo precário nos próximos anos. É verdade que a rejeição de alguns anúncios pode tornar nossas vidas um pouco mais difíceis no curto prazo. No entanto, acreditamos que a construção de uma organização mais objetiva e a manutenção financeira sustentável precisam andar de mãos dadas”, acrescentaram.


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Em repouso após vasectomia, Bolsonaro recebe ministros, mas não Onyx

Brasília  Em repouso após passar por procedimento de vasectomia, o presidente da República, Jair Bolsonaro, manteve reuniões com aliados no Palácio da Alvorada na manhã desta sexta-feira, 31. Ele recebeu os ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Jorge Oliveira (Secretaria-Geral). Ao deixar o local, Heleno respondeu que a condição de saúde do presidente “está ótima”.

Embora já esteja em Brasília, depois de antecipar retorno de férias nos Estados Unidos, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ainda não esteve com Bolsonaro.

Ao G1, o ministro disse que o encontro com o presidente poderia ocorrer entre esta sexta-feira e o sábado.

Onyx afirmou ainda que não considera deixar o governo Bolsonaro. “Vou ver se ele me recebe hoje ou amanhã, e com tranquilidade a gente vai conversar e resolver todas essas questões”, disse.

Crise

O ministro antecipou o retorno das férias ao Brasil devido à crise que resultou na demissão de Vicente Santini, ex-secretário-executivo de Onyx, e ao esvaziamento da Casa Civil.

No Planalto, segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, as informações são de que o presidente não pretende receber o ministro nesta sexta. A justificativa seria que ele precisa manter o repouso.

“Nós tivemos um episódio bem localizado, que já está resolvido. Agora é sentar, ouvir do presidente o que ele deseja da gente e dar sequência”, disse Onyx.

Onyx seguiu do aeroporto de Brasília para a sua residência. Depois foi ao Palácio do Planalto, onde já teve conversa com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno. Eles devem voltar a se reunir à tarde.

Heleno não detalhou a conversa que teve com Onyx. “Nós somos companheiros de equipe.”

Segundo o ministro do GSI, Bolsonaro está com a saúde “ótima”, mas não deve ir hoje ao Palácio do Planalto. “Daqui para frente, vida normal”, afirmou.


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Defensorias recomendam não veicular campanha de abstinência sexual

São Paulo  A Defensoria Pública da União (DPU) e a Defensoria Pública de São Paulo enviaram recomendação ao Ministério da Saúde e ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos para que não veiculem a campanha voltada para adolescentes que prega a abstinência sexual como forma de prevenção. A ministra Damares Alves defendeu a prática como forma de enfrentar gravidez precoce e proliferação de doenças sexualmente transmissíveis no país e quer transformá-la em política pública.

O principal argumento das defensorias é de que pregar a abstinência como política pública para prevenção não tem nenhum suporte científico – pelo contrário, apontam que há diversas pesquisas nacionais e internacionais que demonstraram a ineficiência de campanhas desse tipo em políticas públicas.

Os órgãos citam, por exemplo, um artigo da Society for Adolescent Health and Medicine que reuniu uma série de pesquisas realizadas nos Estados Unidos, país que tem políticas de abstinência sexual desde 1981, sobre o tema. Elas concluíram que a medida não promove mudanças positivas na vida sexual dos jovens, não impedindo nem a gravidez na adolescência, nem a propagação de infecções sexualmente transmissíveis.

A Procuradoria diz ainda que a medida traz riscos de desinformação aos jovens ao não privilegiar a adequada orientação quanto ao uso de métodos reconhecidamente eficazes. As defensorias pedem ainda que, em um prazo de 15 dias, seja suspensa a elaboração do Plano Nacional de Prevenção ao Risco Sexual Precoce para que sejam feitas audiências públicas com especialistas e entidades especialistas no assunto e que a elaboração de políticas públicas sobre o tema estejam em acordo com Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente, além de se basear em “estudos e evidências científicas”.

Além da recomendação, as defensorias solicitaram aos ministérios que apresentem o custo total de produção e divulgação da campanha e quanto isso representa proporcionalmente em relação ao que foi gasto no ano de 2019 e em relação ao quanto se planeja gastar neste ano com os programas de prevenção da gravidez na adolescência. Procurados, os ministérios não se posicionaram até a publicação da reportagem. O espaço está aberto para manifestações.


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A última gota

O fiasco do ENEM é, em si mesmo, algo grave. É a primeira vez que uma falha do ENEM atinge, não uma questão de logística ou de segurança, mas a prova em si: a nota do estudante. O consequente atraso nos calendários do SISU e do Prouni, mais o destrambelho com que notas “não oficiais” foram reveladas apenas agrava todo o ocorrido. Não importa o que faça agora, a credibilidade da última edição do ENEM está manchada e centenas de milhares de estudantes jamais terão certeza de que suas notas publicadas correspondem à nota real, desconhecida.

E, no entanto, da perspectiva dos nove meses de ministério de Abraham Weintraub, o ENEM é uma gota; a gota final que deveria levar mesmo seus apoiadores a concluir que ele não tem condições de permanecer ministro da educação.

Desde o início, Weintraub não tinha um currículo muito afeito à pasta. Fora sua carreira no mercado financeiro, tinha o “mérito” de ser elogiado por Olavo de Carvalho. Tampouco revelou, no cargo, alguma virtude ou conhecimento novos. Pelo contrário, desde o início elegeu as universidades federais como seu inimigo declarado.

Quando o governo federal se viu na necessidade de realizar o contingenciamento de gastos (algo a que qualquer governo está sujeito), Weintraub, aparentemente por desconhecer os motivos do corte temporário que teria que fazer nos recursos das instituições federais de ensino, veio a público quase celebrando uma suposta punição a universidades que tinham feito “balbúrdia”. Na sequência devem ter-lhe informado de que seria ilegal cortar o financiamento de algumas universidades escolhidas a dedo, e ele logo atualizou o discurso.

Seu programa Future-se, que misturava algumas práticas já feitas por diversas universidades e algumas modalidades novas que poderiam trazer mais recursos privados ao ensino superior (embora também tornassem as universidades perigosamente reféns do resultado financeiro), não foi visto como vantajoso pela maioria das instituições. Com baixa adesão, o fracasso foi mais retumbante do que o show bombástico com que ele originalmente apresentara o projeto.

Em um momento, afirmou haver plantações extensivas de maconha e produção profissional de drogas sintéticas nos campi das federais. Tudo mentira, e o que é mais impressionante: mentiras feitas não para destruir um adversário política, mas para sujar a imagem das instituições pelas quais ele próprio deveria zelar.

Nas últimas semanas, nomeou para a presidência da CAPES alguém que não só defende o criacionismo no lugar da teoria da evolução como gostar de levar esse “debate” para as escolas do país. Para completar, a portaria que limita a ida de no máximo um pesquisador de uma mesma universidade para cada congresso científico é tão nefasta que deixa no ar a suspeita de que, mais do que ranço ideológico, o ministro simplesmente desconhece qualquer coisa sobre o ensino superior.

Com o ensino básico, Weintraub tem sido negligente. O plano das escolas cívico-militares, além de carecer de evidências, tem escala pequena demais para ter qualquer impacto. A grande questão que defrontará este governo, contudo, que é o debate acerca do novo Fundeb, está parado. O ministro diz que quer iniciar a discussão do zero (embora já existam propostas feitas por especialistas da área), mas o Fundeb expira este ano e até agora o governo não apresentou nada.

Esses são apenas alguns dos tropeços do ministério sob Weintraub. Isso para não falar da postura pessoal do ministro, uma literal palhaçada e um desrespeito ao cidadão. Com vídeos humorísticos, bloqueios e xingamentos nas redes sociais (não nos esqueçamos que ele xingou a mãe de um cidadão de “égua sarnenta e desdentada”) e os erros cômicos de português, fica claro que o ministro não está à altura do cargo.

Logo antes de iniciar o governo, Bolsonaro sinalizara que o ministro da educação poderia ser alguém oriundo do Instituto Ayrton Senna. Seria um golaço. Esse e outras instituições, como o Todos Pela Educação, têm profissionais especializados no tema e com as melhores experiências do mundo prontos e dispostos a trabalhar. Infelizmente, cedeu à pressão da bancada evangélica e da ala olavista. Deu no que deu. Um ano depois, a educação está escanteada. Se fosse, digamos, no Ministério do Turismo (que também está), seria apenas feio. Numa das pastas mais importantes para o futuro do Brasil, é uma verdadeira tragédia. Bolsonaro tem o dever de corrigir o rumo na Educação.

 


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Maia avalia ação contra pensão de filhas solteiras de servidores federais

Brasília — O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), estuda entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de extinguir o pagamento de pensões a filhas solteiras no funcionalismo federal.

Como o jornal O Estado de S. Paulo revelou, somente no Poder Legislativo as despesas dessa natureza chegam a R$ 30 milhões por ano, com remunerações de até R$ 35 mil mensais. Maia chamou os benefícios de “absurdos”.

“Todos os casos como esses mostrados são absurdos. Vamos continuar investigando, tomando as decisões e trabalhando para que o STF mude sua interpretação e tenha interpretação real daquilo que é o correto, para que não tenhamos privilégios e desperdícios desnecessários”, disse o presidente da Câmara ao Estado no dia 19.

Maia se referiu a seguidas decisões do Supremo favoráveis às solteiras. Nos últimos anos, a Segunda Turma da Corte tem confirmado as liminares concedidas pelo ministro Edson Fachin para manter o benefício. Até agora, o colegiado tomou ao menos 256 decisões neste sentido.

Diante do entendimento consolidado da Segunda Turma, formada por cinco ministros, a estratégia articulada por Maia é apresentar uma arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF, um tipo de ação que serve para contestar leis), fundamentada em entendimentos recentes do Tribunal de Contas da União (TCU).

Em 2016, a Corte de Contas apontou pagamentos indevidos a 19 mil pensionistas em todos os Poderes e aplicou uma interpretação mais restritiva a uma lei de 1958 que prevê pensões às solteiras. No último dia 21, o TCU decidiu manter a posição.

A apresentação de uma ADPF no Supremo deve fazer com que o assunto seja analisado pelos 11 ministros do tribunal, a quem compete examinar esse tipo de ação. Na prática, isso significa que a discussão sairia da esfera da Segunda Turma do STF.

TCU

Para a Corte de Contas, ter fonte de renda na iniciativa privada ou outro benefício do INSS é suficiente para suspender a pensão. Com o entendimento, os órgãos começaram a suspender administrativamente as pensões, a partir de 2016.

As mulheres afetadas recorreram ao STF, e a Segunda Turma da Corte determinou o restabelecimento dos pagamentos por considerar que o benefício só deve ser cortado quando há casamento ou ocupação de cargo público permanente.

“Os princípios da legalidade e da segurança jurídica não permitem a subsistência da decisão do TCU. A violação ao princípio da legalidade se dá pelo estabelecimento de requisitos para a concessão e manutenção de benefício cuja previsão em lei não se verifica”, disse Fachin em julgamento no ano passado.

No Congresso, uma das maiores pensões é paga à filha de um ex-analista do Senado. Desde 1989, ela ganha R$ 35,8 mil/mês, em valores brutos. Outras 29 mulheres recebem, cada uma, R$ 29,4 mil como dependentes de ex-servidores da Casa. Todas estão na categoria “filha maior solteira” na folha de pagamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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Governo autoriza reajuste nas tarifas postais dos Correios

Brasília — O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, aprovou o reajuste e a revisão deste ano das tarifas dos serviços postais e telegráficos nacionais e internacionais, prestados exclusivamente pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).

A correção autorizada para 2020 é de 4,3062%, segundo portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Em 2019, o reajuste médio dos preços havia sido de 0,3893%.

Segundo os Correios, o primeiro porte da carta comercial (até 20 gramas) passou para R$ 2,05. As cartas e cartões postais internacionais na modalidade econômica passaram para R$ 1,65 na primeira faixa.

No caso de telegrama nacional redigido pela internet, a nova tarifa é de R$ 8,54 por página – antes, a tarifa vigente era de R$ 8,19.

O telegrama fonado passou de R$ 9,87 para R$ 10,30, e na agência, de R$ 11,85 para R$ 12,36.

A empresa explica que as novas tarifas não se aplicam ao segmento de encomendas (PAC e Sedex) e marketing direto e que o reajuste médio dos valores segue o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, que fechou 2019 em 4,31%.


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Entrevista de emprego: o que fazer diante de uma reprovação?

Uma pesquisa recente feita pela Robert Half mostrou que metade dos profissionais desempregados atribuíram a reprovação em processos seletivos à falta de qualificação necessária para a vaga, seja ela técnica ou comportamental. Que atitude eles devem ter tomado diante dessa constatação? Seguem minhas sugestões sobre o que deveria ter sido feito:

#1 – Busca por detalhes sobre a avaliação

Infelizmente, ainda encontramos diferenças importantes entre o que o mercado espera dos candidatos e o que os profissionais têm a oferecer, principalmente com relação ao idioma inglês. Então, caso haja uma oportunidade de feedback, é importante entender qual a real percepção do recrutador sobre o seu perfil. Em quais pontos ele entende que você poderia melhorar? Qual perfil de profissional ele busca?

#2 – Conversa com pessoas próximas

Com base nas informações passadas pelo recrutador, o ideal é fazer uma avaliação sincera sobre o que ouviu. Se julgar necessário, troque informações com uma pessoa de confiança ou profissional da área desejada para validar as informações recebidas – e reflita. Isso vale, inclusive, para apontamentos sobre o seu comportamento.

#3 – Pesquisa sobre cursos que complementem a qualificação técnica

Uma vez entrevistei um rapaz que aproveitou um período de afastamento médico para fazer cursos online que julgou serem importantes para sua carreira. Quero exemplificar com isso que o conhecimento está cada vez mais acessível. Há excelentes opções presenciais ou à distância que podem ajudar a melhorar sua qualificação.

#4 – Revisão do currículo

Não esqueça de incluir no currículo os novos cursos que fizer ou mesmo aqueles que estão em andamento. Lembre também que, para cada vaga que se candidatar, o documento deve ser personalizado com palavras-chave. Ao final, peça para outra pessoa ler e revisar o currículo. Essa precaução é ótima para garantir que o documento não tenha falhas gramaticais, de digitação ou de informação. 

#5 – Preparo para as próximas entrevistas

Em alguns casos o candidato possui as habilidades demandadas, mas simplesmente não sabe destacá-las no momento da entrevista. Tenha em mente que o recrutador tem apenas cerca de 60 minutos para ter uma noção de tudo o que você é e sabe fazer. Então, é sua missão criar um discurso que leve-o às informações pretendidas. 

Reconheço que a recolocação não é uma tarefa fácil, afinal procurar trabalho dá trabalho. Mas, se não fizermos a nossa parte, o caminho até uma boa oportunidade fica ainda mais difícil.

Aqui neste Blog, você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half.

* Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half


Entrevista de emprego: o que fazer diante de uma reprovação? publicado primeiro em https://exame.abril.com.br/

Ibovespa recua 1,7% pressionado por coronavírus

A bolsa paulista retomava o viés negativo nesta sexta-feira, com o Ibovespa caindo cerca de 1%, dado o ambiente ainda avesso a risco em razão das dúvidas relacionadas ao surto de coronavírus que começou na China, mas já se espalhou por 18 países.

Às 12h40, o Ibovespa caía 1,75%, a 113.508,88 pontos. Nesse patamar, o Ibovespa caminha para fechar o primeiro mês do ano no vermelho. O volume financeiro da sessão somava 3,78 bilhões de reais.

De acordo com o estrategista Felipe Lacs Sichel, do modalmais, a falta de perspectiva de estabilização da disseminação do vírus faz com que não se consiga precisar exatamente o impacto econômico do choque na China.

“Assim, é difícil de encontrar o preço ‘justo’ para as revisões de crescimento que virão”, afirmou.

O número de mortos pelo novo coronavírus declarado como emergência global pela Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou a 213, com autoridades chinesas afirmando que o número de infecções aumentou para 9.692.

Não houve mortes fora da China, embora 131 casos tenham sido relatados em 23 outros países e regiões, sendo o mais recente no Reino Unido.

Na China, a atividade industrial ficou estagnada em janeiro, com as encomendas de exportação caindo e reflexos do surto do vírus. O dado também foi influenciado pelo feriado do Ano Novo Lunar.

Para Sichel, a sessão na bolsa paulista deve ser marcada pela atuação de duas forças contrárias, com alguns participantes enxergando algumas barganhas e outros agentes preferindo posições mais cautelosos antes do fim de semana.

A equipe da Guide Investimentos destacou em nota a clientes que o noticiário em torno do novo coronavírus deve continuar como principal ‘driver’ dos mercados no curto prazo.

Destaques

– VALE ON perdia 2,27%, afetada pelas dúvidas relacionadas aos efeitos do coronavírus na economia chinesa, dada a sua sensibilidade ao mercado daquele país, com o setor de mineração e siderurgia como um todo no vermelho, com GERDAU PN caindo 2,8%. No mês, Vale acumula perda de cerca de 5%.

– ELETROBRAS ON caía 2,6%, em sessão de ajustes, embora caminhe para fechar o mês com valorização. Na véspera, a elétrica observou demanda de 7 bilhões de dólares na venda de dois títulos no total de 1,25 bilhão de dólares, segundo dois investidores familiarizados com o negócio ouvidos pelo IFR, serviço da Refinitiv.

– BANCO DO BRASIL ON recuava 2,2%, pior desempenho entre bancos do Ibovespa, mas a maior pressão de baixa vinha de BRADESCO PN, em queda de 1,7%, e ITAÚ UNIBANCO PN, caindo 1,8%. Na próxima semana, no dia 5, o Bradesco divulga seu resultado trimestral.

– PETROBRAS ON cedia 2,3%, em sessão sem viés claro dos preços do petróleo no mercado externo, tendo no radar precificação de oferta de ações ordinárias da companhia em poder do BNDES esperada para a próxima terça-feira. PETROBRAS PN caía 1,3%.

– BRASKEM PNA mostrava elevação de 0,9%, retomando a trajetória de alta após ajuste negativo nos últimos cinco pregões, quando acumulou declínio de 18,5%. No mês, os papéis ainda acumulam variação positiva de cerca de 7%.

– MARFRIG ON subia 1%, com o setor de proteínas entre as poucas ações em alta na sessão. JBS ON avançava 1,2% e BRF ON tinha queda de 0,4%.

– POSITIVO TECNOLOGIA, que não está no Ibovespa, recuava 9,4%, após precificar na véspera oferta de ações a 6,55 reais por papel, um desconto de mais de 20% em relação ao preço de fechamento da quinta-feira. Na mínima desta sexta-feira, mais cedo, as ações caíram 19,4%.


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Novo filme da Cartier explora história de amor

São Paulo – A gigante francesa do mercado de luxo Cartier apresentou sua nova campanha institucional explorando o conceito “até onde você iria por amor”. A peça irá para os cinemas e para os canais online. 

O filme é de autoria do diretor francês Cédric Kapisch. É o quarto filme da Cartier que explora o tema do amor. Olivier Dahan, Luca Guadagnino e Sean Ellis foram os outros diretores que emprestaram seu talento à marca nas campanhas anteriores.

A peça mostra uma história de amor de décadas de um casal na estrada, sempre marcada por alguns ícones da marca, entre joias e relógios.

Assista:


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Onyx chega a Brasília e diz não considerar desembarque do governo

Rio — O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou na manhã desta sexta-feira (31) que não considera deixar o governo. Ao desembarcar no aeroporto, questionado se pretendia sair do governo, Onyx respondeu:

“Claro que não (considero deixar o governo). Como já disse, a minha missão, junto com o presidente Bolsonaro, é servir o Brasil. Mas claro que toda e qualquer decisão dentro do governo é liderada por ele”, afirmou o ministro.

Onyx antecipou seu retorno a Brasília em meio à crise iniciada após Santini, seu principal auxiliar, usar uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para fazer uma viagem exclusiva à Suíça e à Índia no último fim de semana.

Na Casa Civil, o clima é de incerteza e apreensão. A pasta perdeu seu principal trunfo: o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), transferido ontem por Bolsonaro para o Ministério da Economia. Assessores ligados ao ministro Onyx tentam decifrar os próximos movimentos do presidente, que se demonstrou extremamente irritado com os últimos atos da pasta. Dentre as hipóteses cogitadas internamente está a de transferir Onyx para o Ministério da Educação, no lugar de Abraham Weintraub, indicado para o posto pelo próprio Onyx.

Principal apoiador de Bolsonaro durante a campanha presidencial, o ministro da Casa Civil perdeu o direito de escolher seus assessores e as principais atribuições que lhe foram dadas. Em meio ao vácuo no comando da pasta, Bolsonaro cogitou nomear o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, para comandar interinamente a Casa Civil até o retorno de Onyx das férias. A decisão só foi revisada após o ministro garantir que anteciparia sua volta ao trabalho. Bolsonaro então escalou Antônio José Barreto de Araújo Júnior para assumir o cargo de secretário-executivo interino da Casa Civil apenas até hoje. Barreto é o atual sub-chefe de Articulação e Monitoramento da Casa Civil e acumula as funções.


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Bolsonaro faz vasectomia em hospital militar de Brasília

Brasília — O presidente Jair Bolsonaro, que tem 64 anos de idade, se submeteu, no início da noite desta quinta-feira, 30, a uma vasectomia, procedimento médico de esterilização para homens que não desejam engravidar sua parceira no futuro.

A cirurgia foi feita no Hospital das Forças Armadas (HFA). Esta é a segunda vez que o presidente se submete a esse procedimento.

Ele passou a tarde em viagem a Minas Gerais, discutindo providências para a questão das enchentes que assolam o Estado. Quando desembarcou de volta em Brasília, às 18h, seguiu direto para o HFA para se submeter à cirurgia.

Para fazer uma vasectomia, é preciso ter mais de 25 anos ou pelo menos dois filhos. A cirurgia só pode ser marcada para dois meses depois da primeira consulta com o médico, um tempo para o paciente decidir se é isso mesmo que ele quer.

Com anestesia local, o médico faz duas pequenas incisões de um centímetro cada uma e interrompe a passagem do sêmen do testículo para a próstata.

Veja também

Ao contrário de outras vezes em que passou por procedimentos médicos, o Planalto não emitiu nota oficial. Auxiliares do presidente, limitaram-se a dizer que ele havia ido fazer exames e a orientação era de manter sigilo sobre a ida ao hospital.

Quando saiu do hospital, antes das 20h30, o presidente fez questão de caminhar até o carro. Fez isso lentamente e com um dos braços apoiado sobre um assessor.

Segunda vez

Durante a campanha presidencial, em 2018, Bolsonaro postou um vídeo no qual aparecia ao lado da filha, Laura, hoje com dez anos, e relatou, em tom de emoção, que desfez uma vasectomia para que a mulher, Michelle de Paula, pudesse engravidar.

A declaração do então candidato foi feita no momento em que estava crescendo na internet uma campanha intitulada “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”, que, na época teve o apoio de dois milhões de participantes.

Em reação ao movimento, Bolsonaro gravou o vídeo dizendo que faria “uma confissão”, com os olhos cheios de lágrimas. “Eu já tinha decidido não ter mais filhos e estava vasectomizado. Eu havia combinado isso com a minha esposa, que já tinha uma filha. Eu tenho uma enteada em casa. A minha esposa era mãe solteira”, disse Bolsonaro, revelando que a esposa desejava ter mais filhos. “E eu fui no hospital central do Exército, desfiz a vasectomia. Mudou, sim, muito a minha vida com a chegada da Laura, que eu agradeço a Deus e à minha esposa por ela.”

No vídeo, o presidente, que tem cinco filhos, quatro homens e uma menina, começou dizendo que “educar um filho homem é muito fácil. Vai jogar bola com ele, dá um carrinho nele, fala palavrão também. Quando vê uma mulher, é diferente. É completamente diferente”.

Repouso

Nesta sexta-feira, 31, a agenda do presidente está sem compromissos oficiais, embora haja expectativa de que ele possa se reunir com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que estava de férias nos Estados Unidos e antecipou a sua volta, de segunda-feira (3) para hoje.

Embora no Planalto as informações sejam de que o presidente não pretende receber o ministro hoje porque estará de repouso, Onyx espera poder conversar com ele e discutir sua situação que ficou delicada após crise que levou à demissão de seu número dois, José Vicente Santini, por causa do uso de um jato da FAB para ir a Davos e Nova Délhi.

Na quinta-feira, também, por causa do procedimento previamente marcado, Bolsonaro anunciou horas antes de retornar a Brasília que não faria a transmissão semanal nas redes sociais em que fala sobre assuntos do governo.

Saúde

Em dezembro do ano passado, Bolsonaro já havia sido hospitalizado após cair no banheiro do Palácio da Alvorada. Na ocasião, ele ficou em observação por cerca de um dia, após bater a cabeça, e teve alta sem complicações.

No mesmo dia, o presidente concedeu entrevista ao programa Brasil Urgente e contou ao apresentador José Luiz Datena ter sofrido perda parcial de memória. O banheiro do Alvorada passou por adaptações de segurança após o tombo.

O presidente tem enfrentado problemas de saúde desde que foi alvo de um atentado a faca ainda na campanha eleitoral, em setembro de 2018. Desde então, ele já passou por quatro cirurgias.

Na última, realizada em setembro de 2019, os médicos corrigiram uma hérnia que surgiu sob a cicatriz das cirurgias anteriores, no local em que ele levou a facada.

O procedimento consistia em colocar a porção do intestino que “escapou”, formando a hérnia, e a colocação de uma tela para reforçar a parede muscular no abdômen, para evitar reincidências.


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“Não sou químico”, diz Witzel sobre perda de prazo para normalizar água

Rio – O prazo de uma semana dado pelo governador Wilson Witzel para a melhora da qualidade da água fornecida pela Cedae terminou, mas moradores da capital e da Região Metropolitana seguem reclamando do cheiro e do gosto do líquido que sai das torneiras.

Ontem, Witzel voltou a ser questionado sobre quando será resolvido o problema, que começou no início de janeiro, por causa da presença de geosmina no sistema do Guandu.

“Eu não sou químico, vou perguntar pra eles”, disse.

Ao ser lembrado de que no último dia 22 ele havia dado o prazo de uma semana para a melhora das condições da água, Witzel se esquivou:

“Eu não, foi um químico. Só reproduzi o que ele falou”, declarou.

O governador também negou os boatos sobre um suposto afastamento do presidente da Cedae, Hélio Cabral.

“A missão do Hélio é tornar a companhia eficiente para tornar o leilão de outubro atrativo, e ele iniciou um processo de organização. O conselho de administração tem avaliado positivamente”, afirmou o governador, referindo-se ao futuro leilão de privatização da estatal.

Na quarta-feira, a Cedae começou a usar argila ionicamente modificada para reduzir o problema. A ideia é que, somada ao carvão ativado, ela diminua o gosto ruim. Enquanto o carvão é adicionado dentro da estação de tratamento, a argila é colocada ainda nos mananciais.


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Após erros no Enem, secretário de ensino superior deixa o MEC

Brasília  O Secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Arnaldo Lima Junior, pediu demissão nesta quinta-feira, 30, em meio a uma das maiores crises da pasta, causada por erros na divulgação de notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e falhas no Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Embora a prova seja de responsabilidade de outro órgão do MEC, o sistema, usado para o ingresso em universidades públicas, era de sua responsabilidade.

Um dos principais auxiliares do ministro da Educação, Abraham Weintraub, Lima comunicou seu desligamento alegando motivos pessoais. Ele nega que sua demissão tenha sido causado por problemas com o Sisu.

A divulgação da lista de aprovados na 1.ª chamada do Sisu chegou a ser impedida pela Justiça após o MEC admitir erros na correção de algumas provas do Enem.

Após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) liberar a divulgação dos resultados, participantes do exame relataram problemas na lista de espera. Procurado, o MEC disse que o sistema funcionava normalmente.

Outro problema relatado foi o vazamento de uma lista “não oficial” no site do Sisu na terça-feira, antes de a divulgação ser liberada pelo STJ. Apesar da proibição judicial, o ministério confirmou que uma lista que “não representava o resultado oficial” ficou disponível e pôde ser vista “por alguns minutos”.

Lima é funcionário de carreira do antigo Ministério do Planejamento, hoje na pasta da Economia, e retorna à sua função anterior.

Ele deixa o cargo no mesmo dia em que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), subiu o tom das críticas a Weintraub. “O ministro da Educação atrapalha o Brasil, tem visão ideológica e brinca com o futuro de milhões de crianças”, disse Maia nesta quinta-feira.

Lima foi responsável pelo desenho do Future-se, que tem o objetivo de captar recursos privados para universidades federais. Principal bandeira de Weintraub para essas instituições, o programa foi alvo de críticas de reitores. Apresentado em julho, o Future-se terminou a fase de consulta pública na semana passada e ainda precisa de aval do Congresso.

No comunicado da demissão, Lima afirma ainda que ajudou a criar a ID Estudantil, o Diploma Digital, o Novo Revalida, de validação de diplomas médicos obtidos no exterior, e a aperfeiçoar o Fies, programa de financiamento estudantil. Ainda segundo a carta, foram alocados R$ 230 milhões para investimentos em placas fotovoltaicas e para concluir obras paradas ou em andamento nas federais.

Em novembro, em parecer revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo, uma comissão da Câmara criada por Maia apontou paralisia no planejamento e execução de políticas públicas por parte do MEC. Foi a primeira vez que o Legislativo criou um grupo para averiguar o trabalho de um ministério.

Perde de técnicos

Responsável pelo funcionamento da plataforma do Sisu, o ministério perdeu no ano passado 50 consultores que atuavam na área de tecnologia da informação.

Neste mês, estudantes relataram instabilidade e falhas na plataforma. Servidores ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo disseram que o déficit de funcionários contribui paras dificuldades de manutenção do Sisu, que chegou a ser suspenso por decisão judicial. Já o MEC diz que o sistema funciona “normalmente”.

Só este ano houve 1,8 milhão inscritos, para 237 mil vagas. O banco de dados para a operação do sistema é um dos maiores sob responsabilidade direta do MEC.

Há anos o sistema enfrenta instabilidades e servidores alertam sobre a necessidade de desenvolver uma plataforma mais robusta, que suporte receber a quantidade de acessos simultâneos dos estudantes.

Mas, segundo os servidores, com a redução do quadro de consultores da área este ano, a manutenção foi ainda mais precária, dificultando a detecção de falhas.

Além da instabilidade, como registrado em anos anteriores, estudantes relataram o vazamento da lista de aprovados – quando a publicação ainda estava vedada pela Justiça -, e problemas para participar da lista de espera. Conforme os relatos, candidatos foram inscritos em uma segunda opção de curso diferente da que escolheram.

Segundo os servidores, os 50 consultores representavam cerca de um terço da força de trabalho de tecnologia da informação do MEC. O grupo de 50 consultores deixou de atuar no MEC em julho de 2019, quando o ministro Abraham Weintraub anulou acordo de assistência técnica com a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), em vigor desde 2008, após suspeita de irregularidades. Os consultores tinham como atribuição a manutenção e desenvolvimento de sistemas de informação do MEC, entre eles o Sisu.

À época, o MEC disse ter identificado supostas irregularidades formais no vínculo jurídico dos consultores. Procurado ontem, o MEC não se posicionou sobre a perda de funcionários nem informou o atual número de técnicos. Sobre as falhas, disse que o Sisu está “funcionando normalmente”.

Problema

O sistema de informática do MEC é considerado frágil e historicamente operado por número de técnicos menor do que o necessário. Auditoria da Controladoria Geral da União, publicada em julho de 2018, alertou para a necessidade de melhorar os sistemas informatizados da pasta. Isso porque eles guardam dados e organizam políticas educacionais que alcançam milhões de brasileiros – entre alunos da rede básica, superior e docentes.

Este ano, o Enem teve erro na correção de 5.974 provas. Segundo o MEC, a culpa foi da gráfica que imprimiu os testes e não há prejuízo aos demais alunos.


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Nath: a youtuber que ensina finanças para pessoas de baixa renda

São Paulo – Economize, proletariado! É assim de uma forma descontraída e direta que a youtuber Nathália Rodrigues (21), estudante de Administração de Empresas, ensina educação financeira na internet. Lançado em junho do ano passado, o Finanças com a Nath é focado na população de baixa renda.

Nos vídeos, Nathália explica desde como limpar o nome no Serasa até como aderir ao saque-aniversário do FGTS. A ideia de criar o canal surgiu após as aulas de matemática financeira na faculdade. “Eu me apaixonei por finanças e criei o canal para ajudar gente como eu. ”

Para ela, muitos canais sobre investimentos e finanças não dialogam com a grande parcela da população brasileira. Atualmente, o país tem 63 milhões de pessoas endividadas e menos de 1,5 milhão de pessoas que investem na Bolsa. “São realidades muito diferentes. Tem gente que manda você aplicar 500 reais por mês. Só que para muitos, isso é o salário. ”

Nathália destaca ainda que não tem dinheiro acaba se sentindo culpado ao assistir alguns vídeos na interne porque se sente fracassado em não conseguir economizar e muito menos investir. “A pessoa ganha um salário mínimo. O aluguel sobe, a luz e a inflação aumentam. Com pouco salário não dá para pagar tudo, quem dirá investir. Definitivamente, a culpa não é dela. ”

Na baixada fluminense 

A realidade de quem trabalha muito e ganha pouco Nathália conhece bem. Moradora de Nova Iguaçu, na baixada fluminense, a estudante bolsista demora duas horas e meia para chegar até o trabalho. Mas, apesar da distância está feliz no estágio na área financeira.

Antes do estágio, Nath, como gosta de ser chamada, trabalhava na área de gestão de estoque da Eletrobras e tinha que pagar a passagem do transporte do próprio salário e levar marmita. “Hoje, eu trabalho um pouco mais longe, mas ganho vale-refeição e vale-transporte. Isso é uma vitória.”

O estágio surgiu após o chefe atual ver um tweet da estudante e a convidá-la para participar do processo seletivo de uma empresa ligada a Fundação Dom Cabral. No twitter, Nath também faz sucesso e tem mais de 200 mil seguidores.

Nathália também já trabalhou em uma loja de calçados fazendo cartão de crédito (private label) para os consumidores. Atenta aos gastos dos consumidores, a vendedora questionava o motivo do cliente ter vários cartões. “A pessoa ganha um salário e tem cinco cartões e ainda quer fazer mais. ”

A blogueira, que mora com os pais e o irmão, também pratica o que aprende na faculdade dentro de casa. Ela conta orgulhosa que os pais deixaram a poupança no passado e hoje aplicam no Tesouro Direto e no CDB. “A minha mãe entendeu o que é a taxa Selic. Para mim, isso é incrível”.

Nathália gosta de traduzir “financês” para quem nunca estudou sobre o assunto. “Quero que a pessoa que assista ao jornal na televisão, saiba o que é inflação. Entenda o que o ministro está dizendo. Eu quero democratizar finanças e economia para as pessoas de baixa renda. ”


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As principais novidades da LVMH Watch Week 2020 em Dubai

Dubai – Entre 13 e 15 de janeiro, a gigante francesa LVMH, líder do mercado de luxo no mundo, recebeu jornalistas e varejistas para a sua primeira feira individual de alta relojoaria, a Watch Week Dubai. O evento aconteceu na cidade dos Emirados Árabes Unidos famosa pelas boutiques de luxo (muitas delas concentradas no Dubai Mall, o maior shopping do mundo) e pelos moradores e turistas milionários, com as exibições de relógios e outros compromissos da agenda acontecendo no Bulgari Hotel & Resort e no Bulgari Yatch Club, na ilha artificial de Jumeirah Bay.

Quatro marcas de alta relojoaria estão sob o guarda-chuva da LVMH: Bulgari, Zenith, Hublot e TAGHeuer. A decisão das marcas em criar, nos primeiros dias de janeiro, a sua mostra individual, trabalha em duas frentes. A primeira é unir e fortalecer as quatro marcas, de modo a enfrentar a concorrência de grupos como Richemont e Timex.

O segundo motivo é que a empresa não gostou nem um pouco que as duas principais feiras do setor, a Baselworld e a SIHH, ambas na Suíça, mudaram suas datas. Se antes aconteciam no começo do ano e abriam o calendário do segmento, passaram a acontecer em 2020 no final de abril. Para as quatro marcas, não dava para esperar até quase o meio do ano para ter um primeiro contato com parceiros e clientes.

Bulgari

A italiana Bulgari levou ao evento seu conceito “Joalheiro do Tempo”, que combina a precisão das engrenagens de know-how suíço com a beleza característica do design italiano. Um dos destaques foi a peça feminina Serpenti Seduttori Tourbillion, inserindo os diminutos mecanismos na caixa em formato de cabeça de serpente. Um dos modelos apresenta caixa e mostrador de ouro branco 18 quilates, safira azul nos indicadores e braceletes de ouro branco e diamantes. No total, são 558 pequenos diamantes na peça, totalizando 7,89 quilates.

Outro destaque é o modelo Diva’s Dream Peacock, que leva no mostrador uma pena real de pavão, rodeada por um bisel e braços com 76 diamantes. “As peças desse ano fizeram jus ao desafio de sempre elevar a qualidade de nossas peças. Os clientes estão sempre pedindo coisas novas, mas que mantenham a herança Bulgari no design. O futuro será difícil, pois precisamos sempre subir um degrau”, conta Fabrizio Buonamassa, diretor criativo da divisão de relógios da Bulgari. Apaixonado por carros e por tudo que remeta a design (cadeiras, mesas, roupas), ele nunca visitou o Brasil, mas tira inspiração de sua cultura. “Cresci ouvindo bossa nova por conta do meu pai”, revela.

Serpenti Seduttori Steel and Rose Gold(BulgariDivulgação)
Diva’s Dream Peacock(BulgariDivulgação)
Diva’s Dream Finissima Minute Repeater Malachite(BulgariDivulgação)
Octo Finissimo Automatic Black(BulgariDivulgação)

Hublot

A marca suíça Hublot, que tem como mote a “arte da fusão”, focando sua história de quatro décadas na criação e aplicação de novos materiais, apresentou novidades como o Big Bang Unico Integral All Black, o primeiro da linha – que completa quinze anos – a ter bracelete de metal integrado à caixa. Os modelos Big Bang são famosos por misturarem aço, cerâmica e borracha em sua composição. Os modelos MP-11 também chamaram a atenção. O primeiro, Red Magic, limitado a cem unidades, traz cerâmica vermelha, material criado e patenteado pela marca.

Outra versão do MP-11, limitada a apenas vinte unidades, traz em sua caixa um material verde e translúcido chamado Saxem, outra criação exclusiva dos laboratórios da Hublot: material parecido com a esmeralda, ainda mais rígido, feito a partir de óxido de alumínio e elementos raros, como túlio, hólmio e crômio. A marca apresentou cerca de 20% de suas novidades em Dubai, prometendo o restante para os próximos meses. Ela também reafirmou sua parceria com a Euro 2020, que começa em março. O clima era de festa para o staff da Hublot, que, durante o evento, inaugurou uma nova boutique no Dubai Mall, o maior shopping do mundo. A loja existente na cidade é a que mais vende no mundo.

Segundo o CEO da Hublot, Ricardo Guadalupe, o modelo Big Bang Integral teve uma resposta muito positiva de clientes.  Sobre a presença no mercado brasileiro, analisa: “A questão no Brasil são os impostos, o que torna os negócios difíceis. O mercado é estável, mas não vemos um crescimento real por causa dos altos impostos. Mas os brasileiros viajam pelo mundo e sempre compram modelos Hublot em lojas estrangeiras”.

Spirit of Big Bang Rainbow(HublotDivulgação)
Big Bang MP-11 Red Magic(HublotDivulgação)
Spirit of Big Bang Meca-10(HublotDivulgação)
Big Bang Unico Integral(HublotDivulgação)

Zenith

A suíça Zenith, que desde 1865 marca a história dos fabricantes de relógios, tendo criado o El Primero, o famoso cronógrafo automático usado até por outras marcas, como a Rolex, apresentou novidades como o novo modelo da parceria com a montadora Land Rover, o Defy 21 Land Rover, com braceletes de borracha cinza que remetem aos pneus dos carros e caixa de cerâmica. Outro modelo Defy 21 apresentou a parceria com o DJ britânico Carl Cox. A edição, limitada a duzentos, chega para o cliente em caixa com potentes fones de ouvido e um disco de vinil.

A marca também apresentou sua estratégia de focar no público feminino, com seis versões do novo Defy Midnight e novos modelos da coleção unissex Elite. “Dubai é o lugar perfeito para apresentar uma coleção inovadora de relógios femininos. Estamos colocando as mulheres na vanguarda dos esforços criativos da marca”, disse Julien Tornare, CEO da Zenith.

Defy 21 Land Rover Edition(HublotDivulgação)
Elite Moonphase(HublotDivulgação)
Defy 21 Carl Cox Edition(HublotDivulgação)
Elite Classic(HublotDivulgação)

TAGHeuer

Por sua vez, a TAGHeuer marcou presença no evento de sua companhia, com Stéphane Bianchi, CEO da marca e também CEO da divisão de relógios LVMH recebendo os convidados. Contudo, não apresentou novidades de 2020. A estratégia da marca é apresentar os novos modelos no fim de abril, na Baselworld.


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IPO da Locaweb está caro e investidor deve ficar de fora

São Paulo – A carência de empresas de tecnologia na B3 está prestes a ser atenuada com a oferta inicial de ações (IPO em inglês) da Locaweb. Com abertura de capital marcada para o início de fevereiro, o grupo de hospedagem de sites e serviços de internet pretende arrecadar dinheiro suficiente para colocar em prática seus planos de crescimento por meio de aquisições. O período de reserva para participar da estreia da Locaweb na Bolsa vai até a próxima segunda-feira (3).

Embora a injeção de recursos possibilite uma expansão mais vertiginosa, as casas de análise foram unânimes ao desaconselharem a entrada de seus clientes no IPO. 

Na operação, as ações da Locaweb serão negociadas dentro da faixa indicativa de 14,25 reais e 17,25 reais. Considerando o valor médio, o IPO deve levantar cerca de 944 milhões de reais. Desse total, 55,61% serão destinados ao caixa da empresa, enquanto o restante irá para o bolso dos atuais sócios da empresa.  

Maior acionista da empresa, o fundo americano de venture capital Silver Lake vai zerar sua participação de 18,97% adquirida em 2010. O desembarque de fundos do tipo em IPOs não é raro, mas ativou o sinal de alertas em algumas casas de análise. Os fundadores Claudio Gora e Gilberto Mautner e os sócios Michael Gora e Ricardo Gora vão reduzir sua fatia em 6,1 pontos percentuais, passando a deter 10,88% do negócio cada um. 

“Que apetite dos controladores em vender, não? Como potencial acionista, eu não gosto da sinalização” escreveu em relatório Ricardo Schweitzer, sócio-fundador e analista da Nord Research.

Fundador e analista da Suno Research, Tiago Reis considera normal a saída do Silver Lake e a venda de parte da fatia dos fundadores da Locaweb, mas concorda com Schweitzer quando o assunto é o preço cobrado pelas ações – que ambos consideram alto. Segundos os analistas, o preço ideal seria entre 10 reais e 13 reais. 

Em 2018, o lucro líquido da Locaweb ficou em 10 milhões de reais e a expectativa é a de que, em 2019, esse número fique entre 15 milhões de reais e 17 milhões de reais. Considerando os números atuais, a Suno vê o indicador preço/lucro da Locaweb em “elevadíssimos” 130x. Em uma perspectiva otimista, a casa projeta uma redução do múltiplo para 19,4x após as aquisições e algum crescimento orgânico. 

“Estimamos que a Locaweb seja uma empresa que lucra 15 milhões de reais e queira ser avaliada em 2 bilhões de reais”, ironizou Tiago Reis em relatório.

Na avaliação da Levante, o múltiplo da Locaweb ficou entre 34x e 41,2x para 2020 e entre 21,8x e 26,4x para 2021. “Acreditamos que o múltiplo deveria ser mais baixo, pois a empresa tem mais dívidas e possui margem operacional menor que a das companhias de tecnologia já listadas.”

As casas também mantiveram certa cautela quanto aos planos de aquisição da Locaweb. Segundo Reis, a estratégia traz uma série de riscos, como o de pagar a mais por uma empresa e dificuldades em atingir a sinergia e os ganhos de escala esperados. Nos últimos anos, foram feitas seis aquisições e só uma delas foi alienada. 

“Estimamos que o custo de aquisição de futuros clientes cresça à medida que a competição na indústria se intensifique e os gastos com marketing digital sejam cada vez mais necessários”, escreveu Reis. 

O negócio

A Locaweb nasceu em 1998 como a primeira do Brasil com foco em hospedagem de sites. No segmento, a empresa é líder até hoje, com 21,6% do market share, segundo dados da própria companhia. No entanto, analistas avaliam que o baixo custo de entrada pode representar uma ameaça para o negócio da empresa. 

No exterior, o mercado de hospedagens online é bastante pulverizado com a líder global, a GoDaddy, detendo apenas 16,75% do market share, segundo o site de dados sobre empresas de tecnologia Datanyze.

Ainda de acordo com o site, no mundo, 440 empresas – incluindo as gigantes Amazon e Google – disputam esse mercado. No Brasil, 149 empresas já estão presentes. “O cenário competitivo é bastante incerto e permeado por riscos atrelados a grandes players globais”, afirmou Reis em relatório.

O que pode jogar a favor da Locaweb são os contratos de longo prazo e incentivos por meio de descontos, que geram custos para os clientes trocarem o serviço pelo o de suas concorrentes. Entre junho e agosto, a taxa de cancelamento foi de 1,2% – a menor do Brasil. 

Analistas da Suno consideram essa uma das principais vantagens competitivas do negócio e avaliam como um risco o surgimento de ferramentas que facilitem a migração do cliente para outra companhia.

O serviço de hospedagem, assim como os de servidor dedicado, e-mail corporativo, soluções de computação em nuvem, revenda de hosting e registro de domínio fazem parte do segmento denominado Be Online/Saas – que corresponde a cerca de 80% da receita, que nos nove meses de 2019 foi de 249,4 milhões de reais.

Os 20% restantes da receita vem de plataformas de e-commerce e de pagamentos, encabeçada pelas marcas Tray, Tray Corp e Yapay. De janeiro a setembro do ano passado, a área aumentou sua receita líquida em 47,3% em relação ao mesmo período de 2018. Para analistas, a tendência é a de que essa frente continue ganhando relevância. 

Segundo analistas da Levante, o segmento pode ser impulsionado pela esperada melhora do varejo em 2020. “Na esteira do crescimento do PIB e da queda das taxas de desemprego, os dados de varejo devem apresentar melhoras significativas”, avaliam. 


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La Casa de Papel e mais 4 seriados para os profissionais de RH do futuro

São Paulo – O que uma comédia sobre o Vale do Silício e um drama policial sobre assassinos em série têm em comum? Os dois podem trazer lições interessantes para profissionais de Recursos Humanos do futuro.

Palestras e cursos tem seu valor para a capacitação e atualização dos RHs, mas Alexandre Uehara, consultor de inovação e Leadership Team Member da Singularity Chapter São Paulo, acredita que os seriados podem ajudar com um fator essencial do futuro do trabalho: a mudança de mentalidade.

“O RH tem que conversar com área criativas e inovadoras e acompanhar as mudanças que ocorrem dentro da empresa e das pessoas. Se a área quiser se tornar mais estratégica, ela precisa liderar a inovação também, trabalhando com novas visões e pensando em novas formas de trabalho dentro de seu próprio time”, fala ele.

Uehara separou cinco recomendações de seriados que considera ter lições complementarem para atualizar a mentalidade do profissional de RH, ajudando a visualizar e se aproximar da forma de trabalho dos talentos da área de tecnologia e startups.

Confira os 5 seriados para o RH moderno e inovador:

Mindhunter

No drama policial, os agentes do FBI procuram entender a mente de assassinos em série. Enquanto viajam pelos Estados Unidos para entrevistar os criminosos, eles ajudam na investigação de crimes e precisam criar uma metodologia nova para entender a mente de psicopatas.

“Acho que os recrutadores podem aprender muito com as cenas de entrevistas dos assassinos em série. A principal característica aqui é a criação de empatia com os criminosos, onde os investigadores precisam criar uma conexão, encontrar a melhor para conversar e tirar as informações deles”, explica.

Sillicon Valley

A série de comédia acompanha todo o processo de evolução de uma startup, desde a criação de um aplicativo e a busca por investimento até o momento que o negócio se torna um unicórnio (empresas com valor superior a US$ 1 bilhão). Segundo Uehara, a série é rápida e ajuda a entender a forma de trabalho do Vale do Silício e as diferentes fases do negócio.

La Casa de Papel

Além de um curso de liderança e negociação, como abordado em matérias anteriores por EXAME, a série da Netflix é um exemplo do trabalho dinâmico feito dentro de squads e por equipes multidisciplinares.

O personagem que elabora o plano para roubar a Casa de Moeda da Espanha junta uma equipe com habilidades diversas e estabelece metas para cada um. Assim, o RH pode entender melhor como funciona a dinâmica do trabalho ágil.

“A série pode ser vista como um exemplo de uso de metodologia ágil. Ao criar uma equipe multidisciplinar, você precisa de um líder que motiva, não de um chefe que controla”, comenta ele.

Black Mirror

A série disponível na Netflix já é muito popular por mostrar tecnologias disruptivas em contextos assustadores e extremos. Embora as histórias pareçam muito distantes da atualidade, Uehara avisa que boa parte dos dispositivos mostrados na série já existem no mercado, mas que eles não são a parte da lição mais importante para o RH.

“A questão de cada capítulo de Black Mirror é centrada na relação humana com a tecnologia. Como nós utilizamos e reagimos a ela. Para o RH inovador, é necessário ter o pensamento de como seus colaboradores vão interagir com novas tecnologias antes de adotá-las na empresa”, explica.

Person of Interest

O seriado mostra um computador que usa Inteligência Artificial para prever assassinatos utilizando análise de dados do mundo todo. “Essa área de predição de acontecimentos por meio de algoritmos pode se tornar parte do trabalho do RH no futuro. Além disso, a série ilustra bem como funciona o fenômeno da Big Data e o potencial que o uso de dados pode ter”, diz Uehara.


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Quatro dicas culturais para o fim de semana

Revelando Hilda Hilst

No ano em que se completam 90 anos do nascimento de Hilda Hilst (1930-2004) o Museu da Imagem e do Som presta uma homenagem à escritora, poeta e dramaturga paulista.

Com curadoria do jornalista e artista visual Jurandy Valença, a mostra em cartaz na instituição reúne retratos de Hilda clicados por quatro fotógrafos em diferentes épocas da vida dela.

O português Fernando Lemos, morto em dezembro passado, registrou a autora em 1959, quando ela tinha 29 anos. Gal Oppido mirou sua câmera para ela em 1990, quando ela estava com 60 anos.

Outra série é de autoria de Eduardo Simões, que a clicou na residência dela em Campinas, a Casa do Sol, em 1999. O autor da última é Eder Chiodetto. Seus retratos mostram a escritora sete anos antes de sua morte.

A mostra também exibe desenhos de Hilda jamais vistos, quinze edições originais de seus livros e uma instalação que permite ouvir a voz da autora – a obra se vale das gravações realizadas na década de 1970, com as quais ela tentou se comunicar com o além.

Onde: Museu da Imagem e do Som, Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo, (11) 2117-4777. De 1 de fevereiro a 15 de março.

Revelando Hilda HilstMIS/Divulgação

Limiares, de Regina Silveira

No ano em que comemora seus 50 anos, o Paço das Artes estreia em novo endereço. A instituição vinculada ao governo estadual agora ocupa parte do Casarão Nhonhô Magalhães, construído em 1937 no bairro de Higienópolis.

Quem inaugura o espaço é a artista Regina Silveira, conhecida pelos trabalhos conceituais. Dela estão expostas as videoinstalações “Limiar” e “Lunar” e as obras “Dobra” e “Cascata”, que a artista criou pensando na sede do Paço das Artes.

Três outros trabalhos são exibidos por meio de vídeos – “Campo” (1977), “A arte de desenhar” (1980) e “Morfa” (1981). A curadoria é de Priscila Arantes, diretora da instituição.

Onde: Paço das Artes, Casarão de Nhonhô Magalhães, Avenida Higienópolis, 758, Consolação, São Paulo. Até 10 de maio.

Limiares, de Regina SilveiraRegina Silveira/Divulgação

Sala de Vidro, de Laura Vinci

“Até quando dura a vida?”, questiona o curador Felipe Chaimovich no texto de apresentação da mostra de Laura Vinci, em cartaz no Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Nela, a artista exibe esculturas de metal que remetem a árvores e ao ciclo da queda das folhas. “O revestimento brilhante das peças refletirá a mudança de luz”, explica o curador.

“À noite, uma iluminação artificial projeta sombras sobre a parede de fundo, criando um desenho permanente que contrasta com a variação diurna. Ao brilharem dessa maneira, as folhas parecem sobreviver a seu desprendimento do galho, como se mantivessem em suspensão o estado de decomposição anunciado por sua queda”.

Onde: Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), Parque Ibirapuera, Avenida Pedro Álvares Cabral, s/nº (portões 1 e 3). Até 16 de fevereiro.

Sala de Vidro, de Laura VinciLaura Vinci/Divulgação

ToTa Machina, de Katia Wille

A artista plástica carioca Katia Wille exibe obras que reagem à presença do público, refletem sentimentos e respondem a estímulos visuais e faciais. Para tanto, desenvolveu uma parceria com uma empresa de softwares, responsável pelas máquinas dotadas de inteligência artificial espalhadas pelo ambiente.

Quando entram no Museu de Arte Sacra de São Paulo os visitantes deparam com pinturas em telas de tecido metálico, pequenas esculturas em tecido moldado e instalações feitas com eco látex.

Em resumo, as peças são capazes de identificar a presença humana e, com o tempo, a identificar emoções, que alteram suas formas. “O objetivo final é começar a criar um espelho de nós mesmos nas obras”, explicou a artista.

Onde: Museu de Arte Sacra de São Paulo, Avenida Tiradentes, 676, Luz, São Paulo. Até 23 de março.

ToTa Machina, de Katia WilleKatia Wille/Divulgação

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