A bolsa brasileira recua, nesta sexta-feira, 26, e caminha para fechar a semana em queda, com temores sobre o aumento de casos de coronavírus nos Estados Unidos, que voltou a bater recorde nesta semana, depois de dois meses. Às 10h33, o Ibovespa, principal índice de ações, recuava 0,44% e marcava 95.562,18 pontos.
Na quinta-feira, os Estados Unidos registraram mais de 41.000 novos casos. Segundo o New York Times, em alguns estados do oeste e do sul do país, o vírus sobrecarregou hospitais, adiando processos de reabertura. Por lá, já são 2.422.312 contaminados e 124.415 mortos pela doença, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.
O mercado teme que o aumento do número de infectados exija a volta de medidas mais duras de isolamento social, desacelerando a recuperação econômica.
“A expectativa de recuperação no segundo semestre diminui. Se tiver viver uma segunda onda mesmo retarda tudo. Vai precisar de mais política de estímulo e mais política monetária para segurar”, afirmou Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital modalmais.
No mercado americano, o futuro dos principais índices acionários opera em leve queda nesta manhã, enquanto aguardam a abertura do pregão à vista, às 10h30.
Por outro lado, as bolsas europeias sobem, repercutindo as últimas falas da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, que afirmou que “provavelmente” o velho continente já tenha atravessado a pior fase da crise do coronavírus. O índice pan-europeu Stoxx 600 sobe 0,85%. Na bolsa de Londres, a alta chega a ser ainda maior, superando 1%.
Bandeira também lembra que o tom mais positivo da Europa leva em consideração um “ajuste” em relação às bolsas americanas, que esticaram o movimento de alta no fim do pregão, quando o mercado europeu já estava fechado. Na véspera, a trajetória de valorização foi motivada por expectativa de novos estímulos por parte do Federal Reserve e do governo americano.
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