segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

7 estratégias que ajudam a manter as metas de Ano Novo

São Paulo – Embora o Ano Novo seja sobre renovar as energias e estabelecer novas metas para o próximo ano, muitas pessoas encontram dificuldades em manterem suas promessas e realizarem seus desejos conforme os dias vão passando. De acordo com um levantamento realizado pela Associação Americana de Psicologia, nos Estados Unidos, apontou que 45% das pessoas que organizam resoluções de fim de ano desistem no começo do segundo mês, e apenas 19% permanecem com elas por dois anos.

A falta de comprometimento com as resoluções feitas, de acordo com o relatório, está bastante ligada a problemas como falta de controle pessoal e força de vontade. Pensando nisso, diversos cientistas do ramo das ciências comportamentais estabeleceram 7 estratégias para auxiliar os indivíduos que se sentem desmotivados após o término da queima de fogos do Ano Novo.

1. Esclareça e honre seus valores

Antes de tudo, é importante descobrir qual a relevância do objetivo para você. Por exemplo, essa é uma meta que combine com os seus valores ou foi estabelecida apenas por pressão social? Segundo os cientistas, pessoas que se guiam pelos próprios valores são mais propensas a alcançarem seus objetivos e manterem sua força de vontade ao longo do ano.

2. Enquadre seus objetivos – e sua vida – de forma positiva

É importante estabelecer metas voltadas para o positivo, por exemplo: ao invés de estabelecer que não irá tomar bebidas alcoólicas ao longo da semana, estabeleça um dia do fim de semana para tomar sua bebida – alcoólica ou não – favorita, como forma de recompensa. Cientistas consideram que essa maneira é mais efetiva por demandar menos energia negativa para suprimir as vontades, e impede que o cérebro veja isso como uma espécie de vingança.

3. Altere o seu ambiente de forma favorável

4. Se prepare para uma nova estratégia caso a primeira dê errado

Ainda assim, uma agenda cheia e exaustão podem atrapalhar as metas. Por isso, é importante também desenvolver um plano B para quando os obstáculos aparecerem. Por exemplo, sempre que a vontade de ir contra os objetivos aparecer, é importante tentar sentar e ir atrás de conteúdo para renovar a força de vontade, seja em comunidades virtuais ou por meio da leitura. Antecipar situações e firmar planos específicos, especialmente com amigos que apoiam, também é uma boa saída.

5. Use uma abordagem gradual

Estabelecer pequenos prazos ao longo do ano para cumprir o objetivo também é uma saída importante. Comece a diminuir os gastos com coisas banais, e vá aumentando a proporção conforme os meses forem se passando. Mudanças radicais exigem comprometimento, e cortar tudo de uma única vez pode não ser o melhor meio para isso, já que pode causar um choque maior do que o necessário.

6. Imagine as recompensas como motivação

Visualizar as recompensas e imaginar como sua vida estará quando os objetivos forem cumpridos é uma boa forma de se engajar mais no comprometimento. Essa forma de motivação é útil para manter a força de vontade, assim como fazer para si mesmo pequenos presentes ao longo da jornada.

7. Seja gentil com você mesmo

Mesmo quando as coisas não estiverem dando certo, é importante lembrar de dar tempo ao tempo e não se culpar de forma excessiva. Ter compaixão consigo mesmo em momentos de dificuldade é essencial para retomar as energias e recomeçar a trilhar o caminho até o objetivo.


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Conheça as fintechs brasileiras mais inovadoras do mundo, segundo estudo

O Brasil tem quatro startups que atuam na área de finanças, as chamadas fintechs, entre as cem mais inovadoras do mundo, segundo a sexta edição do relatório Fintech100 2019 da KPMG. Nubank, Banco Inter e Creditas estão entre as top 50 do levantamento, feito em conjunto com a H2 Ventures em 29 países.

O estudo separa as empresas selecionadas em duas categorias: Top 50, em que constam as melhores do setor que foram classificadas em inovação, aumento de capital, tamanho e localização; e a chamada “Emerging 50”, que reúne as mais novas que estão na vanguarda de tecnologias e práticas inovadoras. Nesta categoria, aparece a brasileira Rebel.

Empresas da China e da Ásia dominam o ranking das dez primeiras colocadas do relatório. Assim como em 2018, a lista deste ano mostrou as fintechs de pagamentos e transações na liderança. Elas foram seguidas por empresas de gestão de patrimônio (20), companhias seguradoras (17) e empresas de concessão de crédito (15).

Confira a classificação das fintechs de acordo com o estudo:

1º – Ant Financial (China)

2º – Grab (Cingapura)

3º – JD Digits (China)

4º – GoJek (Indonésia)

5º – Paytm (Índia)

6º – Du Xiaoman Financial (China)

7º – Compass (Estados Unidos)

8º – Ola (Índia)

9º – Opendoor (Estados Unidos)

10º – OakNorth (Reino Unido)

17º – Nubank

28º – Banco Inter

41º – Creditas

Os fatores de seleção utilizados no estudo são o total de capital obtido; taxa de obtenção de capital; diversidade geográfica; diversidade setorial e “elemento X”, que leva em conta o nível de inovação em produtos, serviços e modelos de negócios.


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Simples Nacional: prazo para empresas pagarem dívidas termina dia 31

São Paulo — Cerca de 738,6 mil micro e pequenas empresas inadimplentes com o Simples Nacional têm prazo até 31 de dezembro para quitar um total de R$ 21,5 bilhões em dívidas com a Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil e com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

A partir de 1º de janeiro de 2020, as empresas que não acertarem suas contas serão excluídas, por inadimplência, deste regime tributário especial destinado a pequenos negócios.

De acordo com a Secretaria-Executiva do Comitê Gestor do Simples Nacional, o contribuinte que regularizar a totalidade de seus débitos dentro desse prazo terá a exclusão do Simples Nacional automaticamente tornada sem efeito e, dessa forma, não precisará comparecer às unidades da Receita para adotar qualquer procedimento.

Segundo a Receita Federal, as principais irregularidades são falta de documentos, excesso de faturamento, débitos tributários, parcelamentos pendentes ou o exercício pela empresa de atividades não incluídas no Simples Nacional.

Periodicamente, a Receita verifica se as empresas estão de acordo com as condições de enquadramento no Simples Nacional. Quando o estabelecimento apresenta irregularidades, o órgão envia cartas com o aviso de exclusão. O micro e pequeno empresário que recebeu o termo de aviso pode pedir orientações ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), para elaborar um plano de recuperação dos negócios.

O processo de regularização deve ser feito por meio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte da Receita Federal (e-CAC) , requerendo certificado digital ou código de acesso. O devedor pode pagar à vista, abater parte da dívida com créditos tributários (recursos que a empresa tem direito a receber do Fisco) ou parcelar os débitos em até cinco anos com o pagamento de juros e multa.


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Liq Participações entra com pedido de recuperação extrajudicial

São Paulo – A empresa de call center Liq participações (ex Contax) informou, nesta segunda-feira (30), que concluiu a fase de negociação da reestruturação do seu endividamento, que passará a ser realizada por meio de um plano de recuperação extrajudicial. O plano foi ajuizado na Comarca na capital do estado de São Paulo, onde se encontra a sede da empresa. 

Segundo o comunicado enviado ao mercado, o plano já foi negociado, aprovado e assinado por credores detentores de créditos que representam 60,07% do total dos créditos abrangidos pelo plano, que somam cerca de 762 milhões de reais.  O plano abrange unicamente os credores financeiros da empresa e não envolve seus fornecedores e seus colaboradores. A Liq pretende pagar 1,27 bilhão em dívidas com a emissão de quatro séries de debêntures. 

No plano apresentado, a Liq afirma que mesmo com a sua expertise e qualificação no mercado em que atua, ela tem sofrido com as mudanças tecnológicas no setor de call center.

“Fatores como comunicação em diversas plataformas, novos produtos e serviços, integração por meio de chats, redes sociais e o avanço da Inteligência Artificial, têm mudado permanentemente a experiência do relacionamento entre os prestadores de bens e serviços e seus consumidores. Em meio à evolução da tecnologia na comunicação entre fornecedores e consumidores, estes últimos vêm demonstrando a preferência pela automatização do atendimento, com maior conectividade e menor interação humana nesse processo. Essa mudança tem levado a uma tendência de migração de volume significativo de serviços referentes ao core business da Liq para outras formas de interação com o cliente.”

A Liq também destacou o pedido de recuperação judicial da Oi, que é uma das suas principais clientes e representa cerca de 50% do faturamento da empresa. Após o pedido de recuperação da Oi, o faturamento da Liq, entre 2015 e 2018, caiu de 3,2 bilhões de reais para 1,4 bilhão de reais. 

A Liq tem ações listadas na B3 desde 2005. Com o plano apresentado, as ações da companhia caiam 2,50%, sendo vendidas na casa dos 9 reais.


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Witzel defende “investigar erros” após RJ registrar 1.546 mortes pela PM

Rio de Janeiro — O governador do Rio, Wilson Witzel, afirmou que mortes de civis causadas durante operações da Polícia Militar, como foi o caso da menina Ágatha, cuja família ainda não conseguiu voltar para a casa onde morava com ela, “são erros que têm que ser investigados”.

A declaração foi feita em entrevista à TV Globo, nesta segunda-feira (30), em que ele ressaltou que a Segurança Pública foi “um dos itens mais importantes na pauta” de seu governo ao longo de 2019.

“Não é só essa política (de enfrentamento) que estamos trabalhando. O estado do Rio de Janeiro não tinha um departamento de investigação de lavagem de dinheiro e nem de tráfico de armas. Nós iniciamos esse departamento. A Polícia Civil foi reestruturada para isso. Nós trouxemos mais de 300 concursados na papiloscopia”, disse Witzel.

Entre janeiro e outubro deste ano, 1.546 pessoas foram mortas por agentes da segurança, o que dá uma média de cinco por dia, o maior índice desde 1998 (início da série histórica), segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP).

Questionado sobre o medo que os moradores sentem nas ações policiais, Witzel afirmou que “eles têm que ter medo do bandido que está de fuzil e pistola na rua”.

“A Polícia Militar não atira em civis, não atira nas pessoas. E, se acontece esse tipo de coisa, são erros que têm que ser investigados, como foi o caso da menina Ágatha. Foi investigado. Tem aí a denúncia do Ministério Público e a Justiça vai seguir seu caminho”, destacou.

O cabo da Polícia Militar Rodrigo José de Matos Soares foi denunciado pelo Ministério Público estadual pelo crime de homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima) pela morte de Ágatha Vitória Sales Felix, de 8 anos, no Complexo do Alemão, no dia 20 de setembro.

A Polícia Civil concluiu no inquérito que não houve tiroteio na comunidade naquele momento.

“São milhares de operações que foram realizadas. Ninguém aqui deseja que qualquer pessoa venha a sofrer qualquer tipo de violência por conta das operações da polícia. Mas se a polícia não agisse, em relação ao ano passado, nós teríamos hoje mais de mil pessoas mortas, talvez mais de mil pessoas mortas”, disse Witzel.

Segundo o governador, o crime organizado “que estava no asfalto e nas comunidades”, atualmente usa “as comunidades como escudo”. Para combatê-lo, ele defendeu mitigar os crimes de lavagem de dinheiro e tráfico de armas. Em 2020, prometeu que será iniciada uma segunda fase voltada justamente para isso.

“Nós tivemos um pequeno atraso (nessa nova etapa). As operações eram para ser iniciadas no final do ano, mas em razão daquela decisão do Supremo dos relatórios de inteligência do Coaf serem represados essas operações foram um pouco prejudicadas, mas agora voltaram a acontecer”.

Witzel destacou também os pontos positivos na área da Segurança Pública em seu primeiro ano de governo, como a formação de mil policiais, redução de 20% nos homicídios, apreensão de 500 fuzis e 8 mil outras armas de fogo, prisões de 25 mil pessoas, sendo destas 500 milicianos, cujos bens avaliados em R$ 80 milhões foram bloqueados.

Ainda durante a entrevista, Witzel reforçou que pretende seguir adiante com a proposta para escalonar o início do pagamento da dívida do Rio com a União pelos próximos dez anos, assim como o pedido de alteração no prazo para a venda da Cedae.

“É preciso que apresentemos essa proposta no início de fevereiro no congresso nacional”, frisou. “O próprio Mistério da Economia tem sido sensível”.

Pelo Regime de Recuperação Fiscal, o estado teria que voltar a pagar o que deve em setembro do ano que vem, após três anos de alívio financeiro, mas, segundo Witzel, o Rio não terá dinheiro em caixa para arcar com os cerca de R$ 6 bilhões previstos para 2020 sem que isso comprometa a oferta de políticas públicas.


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Com pouco espaço, Orçamento de 2020 terá menor investimento desde 2004

São Paulo — A alta dos gastos obrigatórios e impositivos (determinados pelo Congresso) farão os investimentos federais somar R$ 22,4 bilhões em 2020. Com 94,5% das despesas carimbadas, o Orçamento Geral da União para 2020 destinará o menor nível em 16 anos para essa rubrica, que abrange obras públicas e compra de equipamentos.

Em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial de inflação, a verba para investimentos só não é inferior à de 2004, quando o Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – havia investido R$ 20,8 bilhões.

Os valores de investimentos na década passada foram obtidos com base em levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Isso porque o Tesouro Nacional só divulga a evolução dos investimentos a partir de 2007.

Na comparação com o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos), os investimentos equivalerão a apenas 0,3% do PIB em 2020. Isso representa menos da metade do gasto realizado em 2019. O Tesouro Nacional estima que os investimentos encerrarão este ano em torno de R$ 50 bilhões, entre 0,65% e 0,7% do PIB. O número só será divulgado no fim de janeiro.

A proposta original do Orçamento destinava apenas R$ 19 bilhões para investimentos. Em outubro, o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, disse que o valor poderia chegar a R$ 30 bilhões com as emendas parlamentares e a R$ 36 bilhões com a revisão das projeções de gastos com o funcionalismo. O Congresso, no entanto, aprovou apenas R$ 22,4 bilhões para investimentos.

O valor para os investimentos pode subir com o fim da multa adicional de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que abriu um espaço de quase R$ 7 bilhões no teto de gastos. A execução, no entanto, dependerá da entrada de receitas extras, como a da venda dos campos do pré-sal de Atapu e Sépia, que não atraíram o interesse da iniciativa privada no leilão da cessão onerosa em novembro e serão leiloados novamente em 2020.

Os R$ 22,4 bilhões reservados no Orçamento abrangem apenas os investimentos diretos dos ministérios, excluindo os R$ 121,5 bilhões dos investimentos das estatais federais. Ao se somarem os dois valores, os investimentos autorizados no Orçamento chegariam a R$ 143,9 bilhões. No entanto, as próprias estatais também estão investindo menos. Segundo o Boletim de Participações Societárias da União, divulgado no último dia 20, as empresas públicas tinham executado apenas 26,4% dos investimentos autorizados até novembro.

Pacto federativo

Segundo a equipe econômica, a queda no investimento é reflexo do crescimento das despesas obrigatórias em ritmo maior que a inflação, o que comprime a verba disponível no Orçamento. Em setembro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, havia advertido de que somente a aprovação do pacto federativo poderá liberar espaço para gastos discricionários (não obrigatórios), onde estão incluídos os investimentos.

Em vigor desde 2017, o teto federal de gastos também representa uma restrição que comprime o espaço para investimentos. Isso porque, enquanto os gastos totais estão travados pela inflação, diversas despesas obrigatórias crescem mais que a inflação. Apesar desse efeito, o secretário do Tesouro defende a manutenção dos investimentos dentro do teto de gastos.

“Se a gente retirar o investimento público do teto de gastos, vamos aumentar a dívida pública, que está começando a se estabilizar depois da aprovação da reforma da Previdência e da queda dos juros básicos. O teto é essencial para mostrar aos investidores o comprometimento com o ajuste fiscal. Se a gente reduzir o ritmo de ajuste, os ganhos conquistados até agora iriam embora em poucos meses”, disse o secretário durante a apresentação das propostas de emenda à Constituição do pacto federativo, no início de novembro.


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Comércio e indústria estimam prejuízo bilionário com 11 feriados em 2020

BRASÍLIA — O ano de 2020 terá mais feriados em dias de semana e também mais fins de semana prolongados do que 2019. O que é uma boa notícia para a maioria das pessoas preocupa a indústria e o comércio, de um lado, mas é comemorado pelos segmentos ligados ao turismo, de outro. O próximo ano terá 251 dias úteis, dois a menos que 2019, e o número de feriados em dias da semana será maior: serão 11 contra oito. Mais que isso, serão seis dias de folga que poderão ser emendados com sábado e domingo, contra dois em 2019.

Esse efeito calendário terá influência na atividade econômica. O brasileiro vai folgar mais e trabalhar menos no próximo ano. A retomada do crescimento mais forte da economia em 2020 é esperada pelo governo, analistas e bancos. Segundo o boletim Focus, do Banco Central, a economia brasileira poderá crescer 2,25% no ano que vem. O BC revisou a própria previsão de crescimento de 2020 de 1,8% para 2,2%. Com menos folgas, a expansão poderia ser maior.

Segundo o gerente de pesquisa industrial do IBGE, André Macedo, a maior ou a menor presença de dias úteis influencia a indústria.

— O maior número de feriados não atinge setores de produção contínua, como o siderúrgico e o de óleo e gás, mas afeta o de automóveis e o de eletrodomésticos.

Para ele, porém, o mais importante é se a economia estará ou não aquecida.

No varejo do Rio, o maior número de folgas representará prejuízo. O setor estima perdas de R$ 4,8 bilhões. Conforme o Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do município (CDL-Rio), cada dia parado representa perda média de R$ 405 milhões.

A entidade diz que terá mais de 20 dias de movimento prejudicado. Abril terá mais feriados: Paixão de Cristo (sexta-feira), Tiradentes (terça-feira) e São Jorge (quinta-feira), seguido de novembro com Finados (segunda-feira) e Consciência Negra (sexta-feira).

João Gomes, presidente da Fecomércio do Estado do Rio, afirma que feriados prolongados causam perda de até R$ 3 bilhões por dia no comércio de bens e serviços:

—Mais de 60% das lojas do estado estão em regiões não turísticas, e 80% se encontram em lojas de rua. Não contabilizamos estabelecimentos situados em shoppings.

O economista-chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, diz que há queda da produtividade: os trabalhadores folgam no feriado, mas recebem:

— Você produz menos, seu custo não cai e há impacto na contabilidade das empresas. O PIB (Produto Interno Bruto) pode não refletir as horas trabalhadas, mas registra o ritmo de produção e o faturamento.

Segundo o Ministério do Turismo, no ano passado, feriados prolongados resultaram em 13,9 milhões de viagens domésticas, injeção de R$ 28,84 bilhões na economia.

Os feriados de maio movimentaram R$ 9 bilhões e 4,5 milhões de viagens. Em 12 de outubro (Dia de Nossa Senhora Aparecida) foram 3,24 milhões de viagens, com impacto de R$ 6,7 bilhões nos destinos nacionais visitados.

— Para o turismo, qualquer feriado nacional é ótimo. Movimenta o turismo interno, que também está sendo ajudado pelo dólar alto — diz Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação.

A Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav Nacional) calcula alta entre 8% e 14% no movimento em anos com muitos feriados. As pessoas tendem a fazer mais viagens ao longo do ano, mesmo que sejam curtas e para destinos próximos de casa. A demanda não fica concentrada nas grandes temporadas.


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