O mercado de Venture Capital não para mesmo em meio à pandemia. A fintech de investimentos Warren anuncia nesta sexta-feira, 9, ter recebido um aporte de 120 milhões de reais em sua rodada de série B, liderada pelo fundo americano QED Investors (Nubank, Loft). Com o capital, a corretora planeja melhorar a experiência dos usuários com a plataforma de investimentos, expandir a operação para outras cinco cidades e ampliar seu modelo de negócio com corretores parceiros.
Com sede em Porto Alegre, a Warren começou a operar em 2017, cobrando uma taxa única de administração dos clientes sobre o valor total investido por ano, em vez de uma comissão por cada venda. Segundo Lauren Morton, sócia da QED, foi esse modelo de operação que atraiu o fundo. “A Warren sempre trouxe como foco a transparência e o foco no cliente, fazendo isso de uma maneira inédita no mercado brasileiro. Estamos empolgados”, afirma a gestora.
Esta não é a primeira captação de investimentos da fintech. Em abril de 2019, a empresa brasileira conquistou seu primeiro aporte, de 25 milhões, liderado pelo fundo americano de capital de risco Ribbit, com participação do Kaszek Ventures e do Chromo Invest. Todos os fundos voltaram a investir na rodada atual, que foi aberta no final do ano passado. “Isso chancela que os atuais investidores estão gostando do trabalho que a gente está fazendo”, diz Tito Gusmão, fundador e presidente da startup.
Em três anos, a empresa conquistou 140.000 clientes e administra um patrimônio de 2,5 bilhões de reais. A pandemia não desacelerou o negócio. Em março, 15.000 novas contas foram abertas, em um crescimento de 15% em relação ao mesmo mês de 2019. O montante administrado hoje também é 550% maior que o de junho do ano passado.
Além do serviço para pessoas físicas, a fintech oferece sua plataforma para 200 agentes parceiros e espera expandir sua atuação nessa frente nos próximos meses, principalmente com um modelo white label, que permite customizações.
Até o final do ano, a meta da corretora é ter 5 bilhões sob gestão. Para alavancar esse crescimento, a fintech lança uma versão nova de sua plataforma, a Warren 3.0. Além do produto atual, a carteira de investimentos simplificada para o usuário, a empresa criou dois novos serviços: uma conta digital e uma plataforma com acesso direto à bolsa. Por enquanto, as novas funções estão em fase de teste, mas até o final de agosto todos os clientes terão acesso a elas.
Para 2021, o plano é expandir ainda mais o portfólio, com produtos como seguro e previdência. A equipe também deve crescer até lá: a empresa, que tem 280 funcionários hoje, está com 100 vagas abertas. A longo prazo, o objetivo é mais ambicioso. Gusmão afirma que espera que a Warren seja, em 10 anos, maior plataforma de investimentos do Brasil.
O principal desafio daqui para frente, segundo o fundador, é comunicar aos clientes em potencial seu modelo de negócio. “O brasileiro nunca falou de dinheiro, de investimentos. Com inflação e taxa de juros alta, não tinha como falar de finanças pessoais. Agora, tudo mudou e isso nos dá a possibilidade de falar do nosso modelo”, diz o presidente da fintech.
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